XI Colóquio Franco Brasileiro de Estética : o efêmero nas artes

Colóquios RETINA 2014 – Fronteiras do Efêmero
XI Colóquio Franco Brasileiro de Estética: o efêmero nas artes
Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
Escola de Belas Artes
Universidade Federal da Bahia
06 a 13 de outubro  2014
Coordenador do IX Colóquio: Ricardo Biriba - UFBA
Presidente do RETINA INTERNACIONAL: François Soulages – Paris 8
Presidente do RETINA AMÉRICA LATINA:  Alberto Olivieri - UFBA

Argumento

A arte contemporânea pode ser entendida a partir do estado efêmero que a sociedade atual vem vivenciando, um tempo de rápidas mudanças, de busca incessante de “agoras”, da indústria do descartável, da velocidade de informações. Vivemos a época do “efêmero”, termo que têm sido amplamente empregado para caracterizar uma enorme gama de ações artísticas. No campo das artes visuais, a ideia da obra de arte acabada materializada, concreta, imutável e eterna vem sendo suplantada por uma outra qualidade artística, conceitual, incompleta e que existe somente em tempo real, em processo e em progresso, esculpida no atelier interior do artista e manifestadas em ações, intervenções e performances. Por isso podem também ser entendidas por sua própria natureza como uma arte de fronteiras, uma arte aberta pelo seu caráter indefinido, fluido, contraditório e mutante.

O XI Colóquio Franco Brasileiro de Estética: o efêmero nas artes evoca possíveis estados liminares do evento artístico e de um acúmulo de textos e contextos que interligam a obra, o discurso estético, o conceito, a permanência e a efemeridade à luz da atmosfera contemporânea. O que se pretende, dentre outras questões é ampliar as discussões que atravessam as pesquisas em artes na academia e investigar as fronteiras interdisciplinares, interculturais, identitárias e epistemológicas para confrontar os mecanismos estruturantes e aos aparelhos ideológicos que modelam o pensar arte / educação na sociedade atual. Por isso nos parece oportuno trazer para o XI colóquio a temática, o efêmero nas artes, que emerge do tema central dos colóquios internacionais RETINA 2014: Fronteiras do Efêmero. Então, para entendermos as rápidas transformações ocorridas no movimento artístico é preciso refletir sobre os seus processos relacionais, a recepção da obra, as fronteiras entre as dimensões inteligíveis e sensíveis, a matéria e o pensamento artístico, a obra e o artista, o concreto e o subjetivo, o sujeito e o objeto, a forma e o conceito, o perene e o efêmero, o ser, o estar e o devir. Porque as relações efêmeras tornaram-se relevantes nos estudos da arte? E as duradouras? Como explorarar as lacunas que se formam entre estes territórios enquanto fronteiras relevantes e um campo fértil de subjetividades para nutrir o pensamento crítico no campo das artes? Podemos dizer que o sensível está para o efêmero assim como o inteligível está para o duradouro? O efêmero e o pensamento contemporâneo são eles dependentes um do outro?
Por ser um evento proposto pela academia das belas artes, a sua relevância reflete nos processos didáticos pedagógicos,  na formação de artistas contemporâneos, contribuindo para a construção de conhecimento a partir de experiências vividas no corpo de si mesmo, em confronto com o corpo social, político e transitório que o acolhe. Assim, que estratégias pedagógicas podem promover ações críticas, ético-estéticas e teórico-práticas na formação do artista e do professor de artes a partir do pensamento contemporâneo que adotam os modos autoreflexivos?
Os Colóquios RETINA se tornaram um dos principais eventos do gênero na Bahia e quiçá do Brasil. Sua temáticas, abordagens e formato,  abrigando exposição de vídeos, fotografias conferências e mesas de debates que foram determinantes para conferir a sua qualidade, aberto ao público e gratuito que alcançou vários setores da sociedade.

Ricardo Biriba

Coordenador

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